Sistemas drenantes em campos desportivos tem papel significante no que se refere à realização de eventos de maneira geral, mesmo em condições adversas como na ocorrência de intempéries. Longos períodos de chuvas intensas resultam em consequências diversas, tais como impossibilidade ou complicação da realização de tais eventos, nestes casos dá-se a necessidade da concepção de um sistema drenante eficiente que possibilite que a superfície trabalhe sempre em condição drenada. Este trabalho tem como objetivo descrever a metodologia de dimensionamento, aplicação, desempenho e análise econômica de um geocomposto drenante utilizado como elemento principal de um sistema de drenagem para captação e condução das águas pluviais em estádios.
Introdução
Experiência do Estádio Giglio Portugal Pichinin, conhecido como “Baetão”, fundado em 1973 e com aproximadamente 7 mil metros quadrados, situado em São Bernardo, região da grande São Paulo.

Devido ao baixo prestígio que os campeonatos da segunda e terceira divisão recebem, os fundos necessários para a manutenção do gramado existente no estádio não estavam sendo suficientes para que este recebesse o tratamento ideal, e assim conseguisse manter boas condições de utilização, de modo que sua degradação tornava-se evidente ano após ano.
Com um gramado irregular e cheio de falhas, o estádio começou a tornar-se uma das últimas opções para os clubes que precisavam realizar jogos na região de modo que, atento a essa questão, os responsáveis pela manutenção da arena concluíram que alguma ação deveria ser tomada, com o intuito de trazer de volta o prestígio, eventos, público e finalmente renda à arena.
Gramado Sintético
Uma das
soluções propostas para a situação foi o revestimento do campo com um gramado sintético. A grama sintética surgiu como uma opção aos gramados convencionais na década de 1960 na Europa e nos Estados Unidos, e na década de 1990 chegou ao Brasil.
O gramado sintético evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, a partir do uso de novos materiais em sua composição final, como por exemplo, a areia de sílica e a borracha triturada, que caracterizam “a nova geração” dos gramados sintéticos, apresentando características finais muito próximas do gramado convencional e sendo utilizado por competições intercontinentais de clubes.